Senado debate marco das eólicas offshore

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O Senado Federal pode iniciar, enfim, um debate público sobre o projeto de lei que, inicialmente, criava um marco para a geração de energia eólica offshore, criando um regime para contratação das áreas.

O texto foi aprovado na Câmara com diversas emendas para projetos de geração termelétrica a gás natural, além de renováveis, o que atrasa a discussão sobre o tema original.

Diversos agentes interessados no desenvolvimento das eólicas offshore têm se mobilizado para assegurar que o texto seja enviado para sanção neste segundo semestre.

Não há acordo. O governo Lula mantém oficialmente uma posição contrária às emendas, enquanto o relator Weverton Rocha (PDT/MA) diz que irá simplesmente rejeitar as emendas aprovadas pela Câmara dos Deputados.

Em um evento na semana passada, Weverton defendeu que é possível fazer alterações no marco das eólicas propriamente dito, sem enviar o texto de volta à Câmara dos Deputados. E quanto aos dois principais temas que travaram a tramitação – contratação de térmicas a gás e prorrogação de contratos de usinas a carvão – caberia ao governo decidir se sanciona ou veta:

Combustíveis. Na terça (20/8), a CI discute o projeto de lei do Combustível do Futuro, apresentado por Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB). Ele manteve a decisão da Câmara dos Deputados de não incluir o coprocessado nas opções consideradas elegíveis para o mandato de diesel verde e fez alterações na proposta para o biometano e captura de carbono.

Os preços do petróleo abriram a semana em baixa, com o Brent no mercado futuro negociado novamente abaixo dos US$ 80 por barril. A commodity registrava perdas de 0,60% pela manhã, cotada a US$ 79,19, enquanto o mercado avalia os desdobramentos das negociações pelo cessar-fogo em Gaza.

Ibama. Por aqui, as atividades de licenciamento ambiental do Ibama seguem preocupando o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que estima que ainda há uma perda de produção da ordem de 120 mil barris/dia (Reuters) em razão da greve dos servidores da área ambiental, iniciada em julho e posteriormente judicializada pelo governo. Na semana passada, os servidores chegaram a um acordo, que frustrou a categoria.

Transição. Em entrevista à Folha, a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), voltou a defender que os países ricos devem liderar a redução no consumo de combustíveis fósseis seguido pelos países em desenvolvimento, como o Brasil.

Foz do Amazonas. Respondia a uma pergunta sobre o projeto de exploração de petróleo da Petrobras, na Bacia da Foz do Amazonas. Quanto a isso, voltou a dizer que a decisão é exclusiva do Ibama (“não pode nem facilitar nem dificultar”), enquanto a transição energética deve ser discutida no CNPE.

Chuvas. O ONS elevou de 54,8% para 55,2% o nível de armazenamento das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste em agosto. Enquanto reduziu o crescimento da carga: estima que a demanda no mês será 3,7% superior à registrada no mesmo período do ano passado, menos do que o previsto anteriormente (+3,9%).

Esse mês, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reduziu o despacho de hidrelétricas da região Norte como medida para conservar os reservatórios durante o período de maior estiagem.

Por epbr.
https://epbr.com.br/senado-debate-marco-das-eolicas-offshore/

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