Nos últimos anos se popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável e a necessidade de olhar sobre como estabelecer um modelo econômico mais adequado ao equilíbrio ecológico.
A primeira hidrelétrica entrou foi inaugurada em 1883 no município de Diamantina/MG, sua função era abastecer uma mineradora. Seis anos depois, também em Minas Gerais, entrou em operação a primeira grande usina hidrelétrica da América Latina. Em 1984, houve a inauguração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que por muito tempo foi a maior usina do mundo e é considerada emblemática acerca da opção brasileira por esse tipo de matriz energética.
Nos últimos anos, em especial no período pós Rio-92, ano em que se popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável e a necessidade de olhar sobre como estabelecer um modelo econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico. Começou-se, então, a discutir os impactos socioambientais causados pelo modelo tradicional das usinas hidrelétricas e buscar novas formas de geração de energia. Foi possível acompanhar a evolução da matriz energética mundial e brasileira e perceber o crescimento das matrizes solar e eólica.
É preciso reforçar, no entanto, que nenhum tipo de matriz energética é perfeito. No caso da solar e da eólica temos o fato de que: apesar de serem renováveis, são intermitentes, sua geração depende do sol e do vento, não é possível – ainda – armazenar o “excedente”.
Por outro lado, a matriz hidrelétrica garante a previsibilidade da oferta de energia, conseguindo atender a demanda quando as demais fontes estão indisponíveis.
A emissão de gases de efeito estufa também é um grande benefício da matriz hidráulica. Pesquisas independentes informam que nos últimos 50 anos, as usinas hidrelétricas conseguiram evitar a emissão de mais de 100 bilhões de toneladas de C02 na atmosfera.
Em termos de grandeza: isso é o equivalente a 20 anos da emissão anual atual de gás carbônico pelos EUA. Destaca-se, portanto, que estamos falando de uma energia muito limpa em termos de emissão de Gases de Efeito Estufa.
Tem-se, entretanto, uma grande preocupação acerca de dos impactos socioambientais que envolvem a construção e operação de grandes usinas hidrelétricas. Como uma das estratégias para mitigá-los, foi criado um Padrão de Sustentabilidade para Energia Hidrelétricas.
A norma abrange 12 tópicos ESG considerados os mais relevantes para o setor e os divide em níveis de desempenho: práticas adequadas (requisitos mínimos) e práticas exemplares (requisitos avançados). Cada tópico possui seus próprios princípios e declarações de escopo para fornecer clareza sobre a intenção e os resultados desejados na avaliação do tópico.
A primeira usina a receber a certificação está localizada no Tajiquistão e representou um marco para que essa matriz energética seja vista como essencial para o atingimento da meta 7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (Energia Limpa e Acessível).