Na próxima semana, a Comissão de Infraestrutura do Senado deve votar um projeto que está preocupando os ambientalistas. A votação do PL de Eólica Offshore, que propõe regulamentar a implantação de usinas eólicas no mar no Brasil, foi adiada nesta terça-feira por falta de acordo. Mas deve voltar à pauta na próxima reunião da comissão, no dia 9.
O objetivo do PL seria ampliar a produção de energia limpa e promover uma transição energética sustentável. No entanto, especialistas alertam que o texto saiu da Câmara de Deputados repleto de jabutis que aumentam a tarifa da energia e as emissões de gases de efeito estufa. O relatório do senador Weverton Rocha manteve os penduricalhos.
O texto prevê, por exemplo, que os contratos em vigência com usinas termelétricas movidas a carvão mineral foram estendidos até 2050. Como se sabe, esse tipo de usina é uma das fontes de energia mais poluentes do mundo.
Um estudo da consultoria PSR afirma que pode haver uma aumento de 7,4% na conta de luz. Nas contas da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o PL deve aumentar as tarifas de energia em cerca de R$ 39 bilhões anuais.