Política foi lançada em 22 de janeiro e prevê R$ 300 bilhões até 2026 com seis eixos de atuação.
A nova política industrial do Brasil, lançada na segunda quinzena de janeiro coloca o país no
caminho certo para acompanhar o movimento de estímulo à neoindustrialização que é global.
Essa é a avaliação da presidente executiva da Associação Brasileira da Energia Eólica e Novas
Tecnologias, Élbia Gannoum. Para ela, esse é apenas o começo de um processo que tende a
ampliar os investimentos no fortalecimento da cadeia produtiva rumo à descarbonização e a uma
economia verde.
Nesse sentido, diz a executiva da ABEEólica, o H2 é o principal fator. Em entrevista ao
CanalEnergia Live desta quinta-feira, 1o de fevereiro, Élbia lembrou de um estudo da Mckinsey
que aponta a necessidade de dobrar a capacidade de geração atual do Brasil até 2040 para
atender a perspectiva de demanda pelo combustível que é considerado o substituto dos
combustíveis fósseis em uma economia de baixo carbono.
“Toda política industrial passa pela energia, não podemos imaginar uma economia e
reindustrialização do país sem passar pela energia e atualmente toda a indústria está pautada na
energia e a base da economia e sociedade moderna”, destacou Élbia.
Para ela, o país conseguiu ‘pegar o trem’ dessa onda global de valorização da indústria verde que
tem como insumo básico a energia renovável. Contudo, diz que ainda há muito o que fazer para
que se torne uma realidade, pois a política são as diretrizes, são necessários agora
aprimoramentos e as ações que serão desenhadas para que os seus eixos da política sejam
colocados em prática.
A nova política industrial foi lançada em 22 de janeiro e promete impulsionar o desenvolvimento
do país até 2033, prevendo a liberação de R$ 300 bilhões para financiamento de projetos já nos
próximos três anos.
A política estabelece metas para cada uma das cinco missões da chamada neoindustrialização,
definidas em conjunto com a iniciativa privada. Uma dessas missões (Eixo 5) trata de
bioeconomia, descarbonizaçao e transição e segurança energéticas, e tem entre as prioridades a
produção de bioenergia e de equipamentos para geração de energia renovável.