Interesse dos estudantes em cursos relacionados a energias renováveis disparou desde 2018.
A tragédia do Rio Grande do Sul é um exemplo alarmante das mudanças climáticas pelo mundo.
Cientistas reforçam a necessidade urgente de abandonar o uso de petróleo e outros produtos que emitem gases de efeito estufa, investindo em energia limpa e sustentável.
Além de reduzir as mudanças climáticas globais, essa transição energética pode gerar milhares de novos empregos.
Cresce interesse em energias renováveis
O interesse dos estudantes em cursos relacionados a energias renováveis disparou nos últimos anos. Segundo dados do Senai, as matrículas nesses cursos aumentaram de menos de 200 em 2017 para quase 14 mil no ano passado.
Cursos na érea de energias renováveis:
2017: 169 matrículas
2023: 13.800 matrículas
Outro destaque foi o curso de eletrificação de veículos, cujas matrículas saltaram de 58 alunos em 2018 para mais de 10 mil em 2023.
Mercado em expansão
Estudos da Fundação Europeia de Clima indicam que projetos de energia renovável podem gerar 10 milhões de empregos diretos na cadeia de fornecimento, sendo 600 mil deles no Brasil. Para Felipe Morgado, superintendente de educação profissional do Senai, “há um novo mercado emergente que demanda mão de obra qualificada para trabalhar na transição e eficiência energética”.
Para os cientistas, o uso contínuo de combustíveis fósseis está mudando o clima do planeta. O painel científico da ONU (Organização das Nações Unidas) estabelece a meta de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 para evitar impactos climáticos cada vez mais graves.
Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo, afirmou: “O Brasil tem um grande potencial em energia eólica e solar, mas prefere explorar até última gota de petróleo”.
