Agência confirmou o primeiro leilão em março e planeja outro para setembro. Objetivo é viabilizar construção e manutenção de linhas que escoam energia produzida por usinas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (20) a realização de dois leilões de transmissão em 2024, que devem movimentar cerca de R$ 22 bilhões em investimentos.
Nos leilões de transmissão, o governo licita a construção e manutenção de linhas de transmissão, subestações e outras infraestruturas para escoar a energia produzida pelas usinas até os consumidores.
O primeiro leilão, cujo edital foi aprovado pela agência, será realizado em 28 de março.
Será leiloada a construção de infraestrutura de transmissão de energia em 14 estados, movimentando R$ 18,2 bilhões em investimentos – se confirmado, será o segundo maior montante.
Já o segundo leilão, previsto para setembro, conta com R$ 4,6 bilhões de previsão de investimentos, com obras em sete estados. O edital ainda vai passar por consulta pública, para posterior confirmação pela Aneel.
Leilão de março
O certame de 28 de março será o primeiro do ano e prevê a construção de 6.464 quilômetros novas linhas. A Aneel estima a criação de 34,9 mil empregos.
As obras serão feitas nos estados:
Alagoas
Bahia
Ceará
Mato Grosso do Sul
Maranhão
Minas Gerais
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Santa Catarina
São Paulo
Tocantins
Leilão de setembro
A Aneel prevê a geração de 10,8 mil empregos com a construção dos 848 quilômetros de linhas e demais infraestruturas previstas no edital.
Os investimentos serão feitos em sete estados:
Bahia
Espírito Santo
Minas Gerais
Paraná
São Paulo
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Recorde de investimentos
O leilão de transmissão com mais investimentos contratados foi realizado em dezembro do ano passado, movimentando R$ 19,7 bilhões.
O recorde anterior havia sido estabelecido ainda em 2023, com o primeiro certame do ano, que contratou R$ 15,7 bilhões.
Os investimentos bilionários em redes de transmissão estão associados à expansão das usinas de energia renovável no Brasil, principalmente solar e eólica no Nordeste e no norte de Minas Gerais.
Para escoar a produção até os consumidores, concentrados na região Sudeste, o governo contrata a construção dessa infraestrutura. Os investimentos são remunerados pela Receita Anual Permitida (RAP) das transmissoras, fixada pela Aneel e com reflexos na conta de luz.