Haddad recebe geradores para discutir dificuldades das renováveis

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem prevista reunião na tarde desta sexta-feira, 24 de janeiro, com representantes de empresas de energia elétrica sobre as dificuldades econômicas enfrentadas pelos produtores de renováveis no Nordeste.

Participam da reunião Mathieu Lebegue, líder regional da francesa Stoa Infra & Energy, Liu Aquino, presidente da Echoenergia, Karin Luchesi, vice-presidente de Operações de Mercado da Holding do Grupo CPFL, e Adriana Waltrick, presidente da Spic Brasil.

Do Ministério da Fazenda, além de Haddad, vão participar Guilherme Santos Mello, secretário de Política Econômica e Gustavo Henrique Ferreira, subsecretário de Acompanhamento Econômico e Regulação da pasta.

Curtailment e a crise das renováveis
Entre as principais dificuldades enfrentadas pelas renováveis no Nordeste, além da baixa demanda por novos projetos, se destaca curtailment, termo em inglês para os cortes de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que causam impactos significativos no fluxo de caixa dessas empresas.

Em entrevista à MegaWhat em dezembro, Liu Aquino, da Echoenergia, defendeu uma mudança urgente nas regras do curtailment, a fim de viabilizar a aplicação dos cortes também sobre a geração distribuída (GD), para reduzir os impactos na geração centralizada, assim como os subsídios implícitos pagos pela tarifa.

“Naquele horário de pico da geração solar, quase não há carga, porque a GD consome essa carga. Se não há carga, é preciso cortar a geração centralizada, que é o que o ONS consegue cortar para equilibrar o sistema, e isso impacta as eólicas e solares [centralizadas], que são as últimas cortadas na priorização”, disse Aquino na ocasião.

Na época, havia expectativa dos geradores do recebimento de um ressarcimento sobre a energia não gerada por causa dos cortes, por conta de uma liminar obtida no início de dezembro obrigando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a calcular os desembolsos por meio do Encargo dos Serviços do Sistema (ESS).

Na quarta-feira, 22 de janeiro, porém, a liminar foi revertida pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, que decidiu que pagamentos não devem ser feitos enquanto o mérito da questão não é discutido: se a Aneel extrapolou ou não suas funções ao limitar os casos de ressarcimento dos cortes de geração.

Os geradores pretendem entrar com recurso no STJ, a mesmo tempo em que vão concentrar esforços para convencer a Justiça do mérito do processo. Segundo Élbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o ano de 2024 foi “dramático” para as renováveis e 2025 deve seguir o mesmo caminho. “As empresas não suportam mais”, disse.

Por MegaWhat.
https://megawhat.energy/politica-energetica/haddad-recebe-geradores-para-discutir-dificuldades-das-renovaveis/

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