A greve dos servidores ambientais e a percepção de que o assunto pode demorar a ser resolvido está preocupando o setor elétrico, que teme atrasos nos projetos de infraestrutura em toda a cadeia, em especial os de linhas de transmissão e geradores eólicos.
A Associação Brasileira da Energia Eólica (Abeeólica) afirmou ao BAF que está preparando um documento endereçado ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alertando para os riscos do prolongamento da paralisação no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente para o andamento dos projetos eólicos.
A carta da Abeeólica acompanha o movimento de outras associações do setor, que alertaram o MME sobre o risco da falta de licenças ambientais atrasarem obras. Uma preocupação é o atraso na operação de linhas de transmissão recém-leiloadas em 15 de dezembro de 2023. Se atrasar a transmissão, há impacto para os geradores. O responsável pela área ambiental de um grande grupo com atuação no setor eólico afirmou ao BAF que com a greve “fica tudo travado” nos projetos.
A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e o Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (Fmase) estão em contato com as associações setoriais para tentar estimar o número de projetos de infraestrutura no setor elétrico que serão impactados pela greve, para apoiar novas comunicações ao MME e ao MMA sobre a crise.
Por BSB Alta Frequência.
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