O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Gentil Nogueira, é o favorito para a sucessão de Hélvio Guerra na diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), cujo mandato termina no próximo dia 24.
Gentil é o preferido do ministro da pasta, Alexandre Silveira. Mas ainda não há a bênção do Senado Federal em torno do nome. É preciso o aval dos senadores, uma vez que as sabatinas dos indicados para os cargos em agências reguladoras são feitas pela casa.
Superintendentes
Estão também na disputa dois dos mais experientes superintendentes da ANEEL: Carlos Mattar (Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) e André Ruelli (Mediação Administrativa e das Relações de Consumo).
Mattar é conterrâneo e amigo de longa data do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado do ministro Silveira. Já Ruelli teria o apoio de Gilberto Kassab, o cacique do PSD.
Há alguns meses circulou o nome de Sidnei Bispo como favorito para a vaga na ANEEL. Bispo é diretor de Gestão Administrativa da Eletronuclear e ex-diretor de Furnas. No entanto, ele não está mais no páreo porque não houve acordo com os senadores em torno de sua indicação.
Desempate
A vaga de Hélvio Guerra tem grande importância política. Hoje ele é o responsável pelo desempate nas decisões do colegiado, composto por cinco membros. De um lado, votam quase sempre em sintonia o diretor-geral, Sandoval Feitosa, e a diretora Agnes da Costa. Do outro lado, os diretores Fernando Mosna e Ricardo Tili. Guerra acompanhou a dupla Mosna/Tili na maioria das vezes.
Outras agências do setor
Um dos empecilhos para que Gentil consiga a nomeação para a ANEEL está no fato de que há um “pacote” de indicações para agências sob negociação no Senado, e o PSD, partido do ministro, não terá direito a indicar todas as vagas que pretende, segundo fontes.
Pietro na ANP
Uma outra vaga importante seria a diretoria-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O atual ocupante do cargo, almirante Rodolfo Saboia, encerra seu mandato em 23 de dezembro.
Alexandre Silveira tem a intenção de indicar o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, para a cadeira, disseram fontes.
Há ainda uma outra vaga na ANP: Claudio Jorge encerrou seu mandato em dezembro passado e Patrícia Baran está como diretora-substituta no cargo. Para essa cadeira, o PSD também teria um nome: Artur Watt, sobrinho do senador Otto Alencar (PSD-BA) e consultor jurídico na PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.).
“Não há a menor possibilidade de o PSD indicar essas três vagas. União Brasil ou mesmo o PT também brigam por elas”, disse um articulador político.
Para uma fonte do Ministério de Minas e Energia, no entanto, é prerrogativa do governo federal indicar diretores de agências reguladoras e isso não “cai na conta do partido”.
Por Agência Infra.
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