As perspectivas para o setor elétrico em 2025 são mistas.
Se por um lado o atual período úmido não atrasou e tem ajudado a recompor reservatórios das hidrelétricas (mantendo comportadas as perspectivas de preços de energia), por outro lado o setor segue vivendo problemas do modelo atual, desgastado e antiquado, criado para um setor majoritariamente regulado, sem geração distribuída e com muito menos energia intermitente.
Além disso, a incontinente expansão dos subsídios na CDE preocupa, com estimativas que calculam que seu orçamento deve chegar a R$ 70 bilhões ao final do ano que vem, somando extensões de subsídios aprovados este ano, em MP e em PLs do Congresso.
Neste sentido, um desafio dos próximos anos será fechar as portas da CDE abertas hoje para os parlamentares, que encontraram na conta um local garantido de alocação de tudo quanto é custo.
Outro grande problema para ser debatido em 2025 será lidar com falhas na resiliência de redes e seus custos: casos como os apagões de energia da Enel SP devem se repetir.
As distribuidoras já avisam que não terão como colocar na conta de luz todos os custos e será preciso pensar em modelo de compartilhar esse custo com toda a sociedade, não apenas com o consumidor de energia.
Em 2025 também estará na mesa o tema do Curtailment, que só piora com expansão da GD e com mais eólicas, inclusive as novas offshore que começarão a se instalar, ainda sem uma clareza da existência ou não de demanda para essa enxurrada energética.
Por BSB Alta Frequência.
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