Silveira confirmou que a pretensão do Paraguai é de que as tarifas passem a US$ 22 por quilowatt-mês (KW); atualmente, cifra fica em US$ 17 por quilowatt-mês (KW).
O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (6) que o governo não vai admitir elevações na conta de luz ao negociar as tarifas da hidrelétrica binacional de Itaipu com o Paraguai.
“O presidente Lula decidiu que não aumentaremos a tarifa de energia do consumidor brasileiro”, disse o ministro, que encontra representantes do governo vizinho na próxima terça-feira (7).
Silveira confirmou que a pretensão do Paraguai é de que as tarifas de energia passem a um valor de US$ 22 por quilowatt-mês (KW). Atualmente, a cifra fica em US$ 17 por quilowatt-mês (KW).
Segundo o ministro, Brasil aceitará negociar o valor da tarifa, desde que compensações sejam definidas para eventual elevação. Alexandre Silveira frisou, contudo, que não existem compensações suficientes para o valor proposto pelo governo vizinho.
“Temos que sair do ciclo vicioso de negociação quase anual com o Paraguai. Por isso levamos solução estruturante que vá de encontro com o interesse de ambos”, completou.
Itaipu e COP30
O presidente Lula assinou nesta segunda-feira (6) convênios no valor de R$ 1,3 bilhão entre Itaipu Binacional, o governo do Pará e a Prefeitura de Belém.
O setor elétrico criticou duramente o repasse, voltado a obras de infraestrutura urbana em Belém, que vai sediar a conferência climática da ONU (COP30), em 2025.
Para especialistas e entidades da área de energia ouvidos pela CNN, trata-se de um uso inadequado das receitas da usina hidrelétrica, além de uma oportunidade desperdiçada de reduzir as contas de luz no país.