O Brasil ultrapassa a marca de 37 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos (geração distribuída), o equivalente a 16,3 % da capacidade instalada da matriz elétrica do País, informou ao Broadcast a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A marca acontece dias depois do governo começar a taxar painéis de geração de energia solar fabricados fora do País com objetivo de estimular a indústria local, mas que foi considerado um “retrocesso” e um “tiro no pé” pela entidade. A Absolar defende um prazo até o segundo semestre de 2024 para que novas fábricas de painéis solares comecem a ser instaladas no País. “Ou se não forem atingidos
volumes mínimos de fabricação com preços competitivos para os consumidores, a Absolar recomenda a retirada dos impostos sobre equipamentos solares a partir de janeiro de 2025″, sugere a entidade.
De acordo com a associação, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 179,5 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 50,3 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 45,2 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
No segmento de geração distribuída de energia ou geração própria são 25,6 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 128,4 bilhões em investimentos, R$ 33 bilhões em arrecadação e mais de 768,12 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento.
Já no segmento de geração centralizada, o Brasil possui cerca de 11,4 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, a entidade calcula que os empreendimentos otovoltaicos já trouxeram ao País cerca de R$ 51bilhões em novos investimentos e mais de 344,2 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 17,3bilhões.
“Com a combinação de tecnologias como o armazenamento de energia elétrica e o hidrogênio verde, o Brasil pode, em pouco tempo, impulsionar seu desenvolvimento sustentável, com a geração de milhares de novos empregos verdes, trazendo mais renda para os trabalhadores e mais oportunidades para a nossa população”, avaliou o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Arnaldo
Koloszuk.
Para o presidente da entidade, Rodrigo Sauaia, a fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, bem como em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques etc. A tecnologia também tem sido utilizada para levar energia limpa a locais de difícil acesso para linhas de transmissão no Norte do País.
“O avanço da energia solar fortalece a sustentabilidade e amplia o protagonismo internacional do Brasil, além de aliviar o orçamento
das famílias e reforçar a competitividade dos setores produtivos brasileiros”, disse Sauaia.
Por Estadão Brodcast.
http://broadcast.com.br/cadernos/financeiro/?id=Y1VLSHZwa1pUMnBUdjRPSnQvci9OZz09