Lula defende transição energética, e Prates diz que ‘seguirá à risca’ determinação

Ampliação de investimentos em projetos como hidrogênio verde e eólicas em alto-mar abre divergência no governo

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que vai “cumprir à risca” a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer do Brasil líder em transição energética no mundo. O executivo se reuniu com Lula nesta terça-feira para discutir o plano de negócios da companhia, que será apreciado pelo Conselho de Administração da empresa amanhã.

Ele, como líder desse país, afirmou que essa transição é extremamente importante e o país precisa ser líder nisso. (…) Mais uma vez, ele ratificou isso conosco e vamos cumprir à risca o que o presidente determinar, porque a Petrobras é uma empresa do Estado brasileiro, claro dentro da composição de regras de governança, satisfação à sociedade e cumprimento com os ritos. A Petrobras voltou e tem um papel importantíssimo como líder desse processo de transição energética e transformação da sociedade — disse Prates.

O presidente da Petrobras participou do evento “A neoindustrialização e a transição energética brasileira”, promovido por O GLOBO e Valor Econômico, no Rio.

O investimento em projetos de transição energética, como hidrogênio verde e eólicas em alto-mar, provocou um racha no conselho da Petrobras e divergências no governo.

Prates, porém, voltou a defender o investimento em projetos de eólicas offshore no evento. — É importante falar de projetos eólicos offshore agora? É. Eles vão acontecer amanhã? Não. Mesmo que nós estivéssemos uma lei aprovada agora e os leilões comecem ano que vem, os projetos vão levar sete anos. Mas até lá nós temos que estar no jogo. Por isso, disse ele, a empresa assinou parcerias para desenvolver esses projetos.

Segundo a colunista Malu Gaspar, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) estão se movimentando para substituir Prates na presidência da Petrobras.

Além da insatisfação com o preço dos combustíveis — o petróleo está em queda no mercado internacional, mas a Petrobras não baixa os preços nas suas refinarias — os ministros questionam o direcionamento de recursos para projetos que só darão retorno no longo prazo.
Isso teria irritado Lula, com revelou a colunista Vera Magalhães. A preocupação governo seria destravar projetos capazes de gerar ganhos de imagem para o presidente, que gerasse novas vagas de trabalho.

Cabe à estatal uma das fatias mais volumosas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a vitrine de obras e geração de empregos do governo.

Por O Globo.
https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2023/11/22/prates-diz-que-vai-seguir-a-risca-determinacao-de-lula-para-o-pais-liderar-a-transicao-energetica.ghtml

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